sábado, 3 de março de 2012

SEM RAIZ.


[sim, pra quem não aguenta mais ouvir FLOR DE LIS, do Djavan.]





Morto na beleza fria de Maria
Que aquela noite, vendo a aliança sobre o balcão da cozinha,
Senti que eu chorava por excesso de amor e respeito não correspondidos.
Morto na beleza fria de Maria
Que vendo aqueles e-mails, descobri que agora chorava menos por amor
E mais por tristeza, de ainda esbanjar respeito e desejo
A quem sequer merecia o meu “bom dia”
Morto na beleza fria de Maria
Estava meu sentimento
No momento em que fui arrancada das coisas mais simples da sua vida
Com uma desculpa clichê
De que algumas situações deveriam ser evitadas.
E foi assim que eu vi
Nosso amor na poeira, poeira...
E não há beleza,
Nem da mais fria.
Na verdade, nem há Maria.
Se há, ela atende pelo meu nome.
E sim, ressecou, morreu...
E quem sonha com as margaridas
Senão apenas e tão somente eu?

É tão difícil ter que ensaiar um ADEUS.

3 comentários:

  1. Talvez seja tempo de estiagem, de podas...

    Talvez precisem regá-la...

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  2. Legal, só dia ser amiga do Murillo mesmo. Poet(is)a completa.

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  3. É Intonare, essa aí é mesmo uma poet(is)a de mão e sensibilidade cheia.
    Lela escreva mais!!!!

    Beijos e abraços, sempre!!!...

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