quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Férias...

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Aposto que bem inspirada.
;)

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Crua

Deixa a lágrima cair
Deixa mesmo que seja cena.
Geme baixo sua dor de dúvida,
Transpira todo gelo desse coração
Paralisado,
Que evita, levita e evita.


Grita,
Porque você não sabe pintar nem tocar nada.
Abafa porque você não tem palco.
E lamenta,
Porque muito se perdeu.
A vida passa e você sufoca desejos,
Canta sozinha seu mantra de compaixão.
Com todo respeito, você se admira,
Levita e se evita
Porque pra você não sobrou espelho
E nem vestido amarelo.


A generosidade não é bonita!!
Você dá seus sonhos a qualquer um
Em troca de passageiros elogios.
Em troca de admiradores que esquecem seu nome,
Esquecem suas cores
E nunca fizeram as perguntas que você tanto ensaiou responder.
Isso é porque eles não se interessam.
Eles não querem nada além do que seus favores.
Eles não guardam o teu cheiro,
Não estudam os seus detalhes
E não se importam se você não dorme.


Você não escreve porque sabe que é tolice
Num mundo de poetas ignorantes.
Seu ego é tão confuso quanto teu corpo
Que não sabe se quer gordo ou magro,
Dourado ou pálido.
E quem hoje quer saber o que uma semi-deusa e uma meia morta pensa?


Desabafa que passa,
Depois apaga que passa um pouco mais.
Porque se guarda, quer passar [à limpo]
E enfeita demais a história,
Camufla demais as falhas,
Inibe demais os gozos.
Porque você se preocupa o tempo todo
Em demonstrar que não se importa
Nem com os pensamentos, nem com pensadores.
Nem a ortografia,
Nem os elogios.
Você não se sabe
E faz de conta não querer saber.
Evita os estudos,
A psicanálise,
O reflexo.
Mas, na sua solidão, bem menos silenciosa que a realidade,
Você se olha, levita e se olha.


Mesmo tendo medo de inflar
Ou sentir pena,
Olha, levita e fecha os olhos.
Fantasioso repudio!!
Você me da nojo
Porque é medrosa
E o campo minado em que pisas é repleto de margaridas,
Pólvora e flores.
Você me enjoa.
Porque inventou um novo idioma
E não o ensina pra mais ninguém
Por medo de perder a exclusividade.
E o fala baixo,
Quase num sussurro,
Por não querer que alguém o decifre.
Porque você subestima tudo,
Até você mesma.


Cobra de Deus sonhos tão possíveis
Porque sua fé não chega nem na calçada da igreja.
E se volta até contra a genética
Por não ter o pouco que quer.
O que você não sabe "bela princesa"
É que esperar não é para ansiosos
Assim como não é para a fome.


Já se foi a velha lágrima,
Já mudou mais uma vez o discurso,
Já veio novamente a pretensão
E a busca por palavras cretinas.
Essas que os pseudo-qualquer-coisa gostam de usar.
Esqueces mesmo tudo tão rápido!!


Você é rio  de alegria e afoga sua grande dor em ti  mesma
E se banha nisso,
E bebe disso,
Se espelha nisso
E brinca de peixe pra ninguém notar
Sua mistura de águas.
Miserável contentamento,
Miserável comodismo.
Miserável e maldita lágrima,
Que no meio do choro, repara que não sabe a razão da dor
E volta a sorrir.
Se sentindo boba e estéril.

Eu!!

[Na inútil tentativa de me descrever - Num sei pra quem.. rsrsrs]



Inquieta e sossegada
Contraditória até demais
Amante dos grandes nomes da literatura
[mas tenho uma queda bruta pela beleza dos poetas anônimos]
Falar oq sou eu não sei, até porque acho pouco conseguir descrever-se.
Assim como descrever o amor que se sente [e eu sinto =) ]
Aliás, eu só ME sinto.
Sou íntima de mim. Conheço cada detalhe meu.
Me sinto música.
Me sinto cores.
Me sinto malícia.
Me sinto cheiro de bala.
Me sinto sonhadora e realista, assim, de mãos dadas...
Me sinto segura de unhas vermelhas
Me sinto ovelha negra
Me sinto criança no topo da minha excessiva maturidade
Me sinto cansada tb.
Muitas pedras...
Me sinto mais mãe do que filha.
Mais irmã do que amiga.
Mais ligada do que nunca.
Me sinto eu e tenho muito orgulho disso.
Mesmo quando me olho no espelho e não vejo nada.
Me sinto Lela, Letícia, Tica, Frutica, Lelê, Lets, Moleka, Lê...
E sem ter por perto os amores que me chamam assim, me sinto pura solidão.



terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Conduta

Larga disso minha dona,
Larga mão da educação.
A postura é uma ingrata
Que discute com a emoção.

Que é que tem se ainda é dia?
Que é que tem essa gente saber?
Amar não só para os poetas,
Você também pode viver!!

Par de bicho.

Bicho grilo tá de terno,
Bicho gente de chinelo.
O primeiro tá na roça
E uma noiva quer achar.
Bicho grilo canta alto:
"Cri, cri, cri!!"
Até cansar.
Bicho gente, que já tem dona,
Vive dizendo que tá cansado
De tanto "cri, cri, cri"
E "blá, blá, blá".